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domingo, 13 de maio de 2012

10 Anos sem Lutz: O mundo ainda precisa de seres conscientes para salvarmos a espécie

O olhar contemporâneo de Lutz inspira as várias atividades organizadas pela Fundação Gaia e seus parceiros neste Maio Mês Lutzenberger
Por Cláudia Dreier
No dia 14 de maio completa-se uma década da partida do ambientalista José Lutzenberger. A atualidade das suas propostas de preservação e de seus alertas sobre as ameaçadas à Gaia, “o nosso planeta vivo” nas palavras de Lutz, fazem-se presentes tanto nos seus escritos quanto nas ideias concretizadas. Muitas destas podem ser vistas n o Rincão Gaia, junto a Pantano Grande, atualmente a sede da Fundação por ele criada.
O olhar contemporâneo de Lutz inspira as várias atividades organizadas pela Fundação Gaia e seus parceiros neste Maio Mês Lutzenberger. Palestras, cursos, participação de crianças, promoção de livros, música, conhecimentos botânicos e exibição do documentário Lutzenberger: For Ever Gaia integram a programação desenvolvida ao longo do mês. Os eventos ocorrem no Rincão Gaia, na Livraria Cultura de Porto Alegre, na Feira dos Agricultores Ecologistas, na Casa de Cultura Mário Quintana, na Câmara de Vereadores de Pantano Grande e no Salão de Atos da UFRGS.
“Lutz falava que gostaria de voltar de tanto em tanto tempo, pois tinha curiosidade para ver como estaria o planeta”, lembra Lilian Dreyer, biógrafa do ambientalista. Ela ressalta que entre as características que mais se destacam no ecologista está sua extraordinária capacidade de fazer conexões, de perceber as ligações entre fatos e realidades que aparentemente não teriam vínculos, como por exemplo a construção de grandes hidrelétricas no Norte relacionada com a pobreza de vida dos trabalhadores no Sul. Ambos resultam da mesma lógica, a do pensamento desenvolvimentista.
Há muito o ecologista defendia uma crítica aguda e embasada ao Desenvolvimentismo, ao dogma do Crescimento Contínuo, que se consubstancia nos indicadores econômicos dados pelo PIB ou PNB. “Hoje todos os que são mais antenados falam nisso. Pena que esquecem de dar crédito aos que perceberam isso 40 anos atrás, como o Lutz”, comenta Lilian. 
Fonte: REDE Os Verdes/via e-mail

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