.

.

domingo, 8 de abril de 2012

Dilma afirma que não há espaço para discutir ‘fantasia’ na Rio+20

Dilma afirma que não há espaço para discutir ‘fantasia’ na Rio+20 
Ao discutir a geração de energia renovável no país, a presidente Dilma Rousseff afirmou na quarta-feira (4/04) que não há espaço para se discutir “fantasia” na Rio+20, a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, a ser realizada em junho no Rio de Janeiro. 
A afirmação foi feita durante encontro do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, no Palácio do Planalto. A presidente defendeu a produção de energia hidrelétrica, posição que será levada à conferência. 
Dilma disse que “fica difícil” garantir energia renovável que não seja hídrica. “Para garantir energia de base renovável que não seja hídrica, fica difícil, né? Porque eólica não segura, né? E todo mundo sabe disso”. 
Dilma ponderou, no entanto, que faltam reservatórios nas hidrelétricas brasileiras, o que poderá demandar reforço da matriz eólica. “Deus nos ouça que a eólica consiga ser reservatório de hidrelétrica no Brasil. Deus nos ouça. Nós vamos ter que suar a camiseta tecnicamente”, afirmou. 
A presidente se lembrou da época em que era secretária de Energia, Minas e Comunicações do Rio Grande do Sul e disse que conhece o assunto porque já “mediu vento”. “Não tem como estocar vento, não tem como. [...] Não sei se vocês sabem, mas não venta 24 horas por dia nem 365 dias por ano. Eu testou falando isso porque eu já medi vento em Porto Alegre”, afirmou. 
‘Novo paradigma’ – A presidente afirmou que, na conferência, o Brasil precisa “propor um novo paradigma de crescimento”. 
“Desta vez, eu acho que nós temos a missão [...] que é propor um novo paradigma de crescimento, que não pareça a alguns extremamente etéreo ou fantasioso. Porque ninguém numa conferência dessas aceita, me desculpem, discutir fantasia. Ela não tem espaço, a fantasia”, declarou. 
A presidente afirmou que a discussão sobre geração de energia tem que ter “base científica” e que os países não devem apresentar propostas “olhando para o seu próprio umbigo”. 
“Eu tenho de explicar às pessoas como elas vão comer, como terão acesso a água e energia. Eu não posso dizer para elas que só com eólica é possível iluminar o planeta. Não é”, afirmou. 
Fonte: Priscilla Mendes/G1/Ambiente Brasil

Nenhum comentário: