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terça-feira, 13 de setembro de 2011

O ex-Camping, o Prometido Bosque e a Oferta à UERGS

 O ex-Camping, o Prometido Bosque e a Oferta à UERGS
"O que será, que será? O que não tem governo nem nunca terá. O que não tem vergonha nem nunca terá. O que não tem juízo..."*
Neste final de semana, após a publicação de um 'factóide noticioso' com foto de capa no Armazém de Notícias, sobre a 'oferta' da Prefeitura de uma área de importância cultural, a área do Parque de Eventos para a UERGS, a Rede Social de tapenses no Facebook teve diversas manifestações da comunidade sobre o tema, além da manifestação real de pessoas da cidade.
Na matéria, além de ofertar o Parque, também ofereceram a área do ex-Camping Municipal para ser cumprida a promessa em 2005, de um Bosque Municipal aberto ao público. Fecharam o Camping justificando causar 'concorrência desleal' com os campings, hotéis privados e que o Camping Municipal dava prejuízo. Como pode causar 'prejuízo a outrem pela concorrência desleal' e ter prejuízos financeiros (?), quando lembro de centenas de pessoas que passavam meses na cidade, aproveitando o camping municipal, a praia, que a 'priscas eras', estava sem muita poluição, penso: Como você ganha clientes da concorrência, mesmo que de forma ‘desleal’ e não lucra? Hoje, as placas da FEPAM iludem os incautos nas praias da cidade, mas, em Arambaré amplia-se por dez sua população em todos os verões, quando mais de 40 mil pessoas freqüentam as praias (lá tem praia!!!) durante quatro meses do ano.
Mas é sobre o ex-camping, o parque, os eventos, o assunto que toma o interesse da cidade de Tapes, sobre o futuro do Acampamento da Arte Gaúcha, que até a inauguração da Cidade dos Cavalos, será uma dúvida 'se sai ou não sai'. A Cidade dos Cavalos, que por sinal sendo construída a revelia de licença ambiental pertinente, no caso a Licença de Instalação. Tem uma "pretensão" de licença prévia, solicitada em abril de 2008, que aguarda complementação e está em análise.

Assim como iriam inaugurar ainda em dezembro de 2005 o Bosque Municipal, após as criticas pelo fechamento do Camping, que agora alegam 'já ter sido fechada pela administração anterior' em 2004. Eles não esquecem fazem sete anos da mesma ladainha da "culpa do Prefeito anterior".
Não mudou nada e assumiu os mesmos compromissos dos outros; ou querem lançar "moda" de não cumprirem projetos, ações e pendências, 'por culpa do outro'. Assim a saúde, a educação, o lixão, as dívidas, 'é tudo culpa de outros'.
Colocaram a UERGS no imbróglio político local, oferecendo área e sem antes solicitar avaliação de Conselho de controle social e dos Vereadores da cidade, já estampa em capa de jornal 'as boas intenções' para manter a UERGS em Tapes, dando-lhes a área do parque de eventos. A ‘grita pública’ começou no mesmo dia da publicação, com as pessoas acreditando ser mais 'um marketing' do que propriamente uma ação estrategicamente pensada, para manter a Unidade em Tapes, que corre riscos de mudar-se para Camaquã/RS.
Buracos na cerca, invadida por vândalos
Com o mesmo 'mantra' de "quem é contra a doação do parque é contra UERGS", agora estão mantendo em redes virtuais algumas notas que na verdade, traduzem a falta de interação com a sociedade no mundo real, quiçá, vão conseguir no mundo virtual.
Segundo vereador de situação (12/09/2011), "o Prefeito não precisa pedir aprovação da população", que esta já havia dado este aval quando os elegeram... (?) Pode? Em Tapes pode... Por sua vez a oposição, na figura de dois ex-prefeitos vai ao Rádio local (09/09/2011) e senta o pau na doação da área, mas enfatiza ser a favor da UERGS ser mantida em Tapes. Começou a corrida eleitoral para caçar o “pote de ouro” a final do Arco-Íris. Algo surreal.
A julgar pela manifestação e entendimento, vejo que os conselhos de controle social, os órgãos públicos e a própria Câmara vão dar o 'amém' necessário para tal doação, mesmo que contrariando o desejo do povo, não contra a UERGS, frisa-se. Mas pela doação de uma área importante, e quem sabe, numa outra Administração Pública, possa ser reaberto o Camping. O que não podem, é julgar que o patrimônio público de áreas úteis possa ser doado desta forma a revelia do sentimento de apropriação e apego cultural por parte da população. Amanhã vão vender a Prefeitura, a Biblioteca Pública, prédios antigos para construir prédio novo e não haverá necessidade de aval da sociedade, é o que me parece com a declaração do Edil.
Cerca enferrujada e caindo de velha
Se observa pela doação de áreas públicas a entidades, órgãos do Estado e outras, a forma de manter sob influência aquelas pessoas beneficiadas, aquele determinado grupo social, aquela agremiação esportiva. Assim, se faz ‘doação’ com outro propósito, principalmente porque as pessoas aceitam esta forma de ‘cooptação’, mesmo que indireta.
Assim, vamos observando o que sempre assistimos em todos os anos da UERGS em Tapes, ela se prestando ao papel que toda a população e entidades se prestam, quando são usadas como massa de manobra e interesses 'inconfessáveis', por aquela minoria que está tomando decisões ao 'bel-prazer', falando coisas bonitas e usando de artifícios para ludibriar aqueles que aceitam o servilismo como forma de democracia, que mesmo não existindo na Casa do Povo, nesta Rede Social existe, e na qual as pessoas se manifestam dentro da realidade e não sobre o mundo hipotético, que ronda a vida real das pessoas nesta cidade, com ‘possibilidades’ de eólicas, marinas internacionais, portos lacustres, revitalização de orla e muito mais.
Por Julio Wandam
*trecho final da Música 'O que Será' de Chico Buarque de Hollanda

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