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sábado, 17 de setembro de 2011

Haitianos protestam contra 'ocupação' das forças de paz da ONU

Haitianos protestam contra 'ocupação' das forças de paz da ONU
Tropas internacionais lideradas pelo Brasil recebem grande volume de críticas no país caribenho
Protestos ocorreram perto do palácio presidencial, em Porto Príncipe 
PORTO PRÍNCIPE - Centenas de manifestantes marcharam nas ruas de Porto Príncipe, capital do Haiti, para protestar nesta quarta-feira, 16, contra a "ocupação" das forças de paz da Organização das Nações Unidas (ONU), chefiadas pelo Brasil. Houve confronto com a polícia. 
Gritando "Minustah deve sair" e "Violadores", os manifestantes marcharam pelas capital, ainda devastada pelo terremoto de janeiro de 2010. Eles portavam cartazes com slogans contra as forças da ONU e um deles culpava o Brasil pela "ocupação" do Haiti. 
Umas dos principais motivos teria sido o abuso sexual de um jovem haitiano por parte de soldados uruguaios que compõem a missão de paz, composta de 12 mil militares. A agressão teria ocorrido em 18 de julho e está sob investigação.
O mandato da missão se encerra em outubro, mas espera-se que o presidente Michel Martelly peça sua renovação. 
A polícia usou gás lacrimogêneo para dispersar a aglomeração, e os manifestantes responderam com pedras. Não houve feridos. "Justiça para Johnny, justiça para todas as vítimas de violações da Minustah, justiça e indenização para todo o povo haitiano, que é vítima da epidemia de cólera trazida pela Minustah", disse um dos haitianos. 
A força internacional da ONU está no Haiti desde a época posterior à rebelião que derrubou o presidente Jean Bertrand Aristide em 2004. Durante anos, os soldados foram alvos de queixas, o que aumentou nas últimas semanas com o aparecimento do vídeo que mostra o suposto abuso dos uruguaios. 
Fonte: Associated Press e Reuters

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