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terça-feira, 7 de setembro de 2010

Deputada Verde alemã em visita a vítimas da Mina de Urânio de Caetité, na Bahia

 No sertão baiano, deputada verde alemã ouve o desespero dos que vivem em torno da mina de urânio de Caetité
Terminou a viagem de uma semana de Ute Koczy, deputada federal pelo Partido Verde da Alemanha, ao Brasil, organizada pela Fundação Heinrich Böll. Sem poder visitar a mina de urânio de Caetité, deputada encontra afetados, ambientalistas e políticos da região e do Estado e discute os perigos da mineração e as consequências políticas das aspirações brasileiras de fechar o circuito nuclear.
 O fornecimento e controle da qualidade da água, o monitoramento da saúde da população local e a certificação de qualidade para os seus produtos agrícolas foram as principais demandas apresentadas à deputada federal alemã Ute Koczy na sua visita à zona rural dos municípios de Caetité e Lagoa Real, no sertão da Bahia.
Dos onze poços de abastecimento que foram abertos pela empresa estatal federal Indústrias Nucleares Brasileiras (INB), dona da mina de urânio no local, nove tiveram que ser lacrados devido aos altos índices de urânio encontrados na água. Estudos do Instituto de Gestão das Águas e Clima (INGÁ), do governo baiano, comprovaram que o lençol freático da região está contaminado a ponto de constituir risco para a saúde das famílias que vivem próximas da mina. E o que é pior, essa fonte primordial de água naquela região do semi-árido vem diminuindo desde que a INB deu início à extração de urânio em Caetité, em 2000. Como as autoridades não providenciaram carros-pipa, algumas famílias, desesperadas, reabriram os poços lacrados para obter água, mesmo sabendo do risco de contaminação que correm. 
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